quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Aqueles ontens mais distantes

Naqueles ontens que foram a bem mais tempo do que o ontem, as coisas era tão mais simples.
No ontem mais distante quando a gente chorava bastava o peito da mãe ou uma troca de fraldas e não se chorava mais.
Quando você conhecia os seus coleguinhas, você não criava expectativas, você só queria brincar e ai se ele não quisesse brincar vocÊ ia brincar com outros.
Em um outro ontem você só choraria se não ganhasse algo que pedisse pro seus pais, ou se levasse um tapinhas no bumbum ou se machucasse enquanto tava aprontado ai dois minutinhos depois passava e tudo voltava ao normal.
Você chegava na casa das tias e qualquer besteirinha te distraía, tinha graça ficar fazendo casinhas com as pedras do dominó, qualquer coisa que fosse vc podia dizer que era um foguete, a gente não precisava do computador pra poder achar algo interessante, tudo que tava perto podia ser interessante.
A gente achava graça ao assistir o pica-pau e aquele era um passatempo e tanto.
Ai esses ontens passaram e de repente a gente aprende coisas novas da vida, ai a gente chora e nem sabe porque e não acha nada pra poder parar.
A gente não consegue sentar na frente da tv e se divertir com alguma coisa simples, acha que tudo é besteira, a gente cria expectativas sobre as pessoas e se decepciona, a gente fica egoista e sem saber exatamente o quer.
Ai só sabe que sente falta do ontem, que era tão simples é tão empolgante!

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