domingo, 12 de dezembro de 2010

Abala o inabalável

Deitada no seu quarto, "A menina que roubava livros" ao seu lado, o celular na mesinha de cabeceira. Ele não toca a alguns minutos, o último telefonema foi de uma amiga, e insistentemente ela olha para ver se não está sem sinal, é... o cara não ligou mesmo e ela não se permite ligar, não, não é orgulho ela apenas não quer incomodar.
A sua mente vaga em devaneios, com e sem sentido, a garota se pega no seu mais íntimo sem nem sequer notar, ela que à muito se sentia estável em relação aos sentimentos que os outros projetavam sobre ela, ela que tem ultimamente sabido tão bem lidar com os 'affairs' que aparecem, mas este, neste ela não consegue parar de pensar, o Bendito viu logo de começo que a garota não seria fácil de dobrar e que seria até mais fácil que ele se apaixonasse antes de conseguir tal feito, talvez ele não saiba, pois ela disfarça bem, mas a confusão que a constante presença dele causou na garota é bem capaz de fazer um grande estrago no atual estável mundinho dela.
É ela se apaixonou, sentiu queimar por dentro o desejo de compartilhar momentos com alguém e agora sente a sensação que vai ser descartada pelo cara e se sentir mal amada, chama-lo de otário por umas duas semanas e se sentir muito bem algum tempo depois, como era nos seus 15 e 16 anos...
-É, a paixão abala aquilo que se acha inabalável , te surpreende e te conduz para uma sucessão de fatos inusitados, se depois não se tornar amor, será uma coisa que futuramente você se perguntara como e porque fez.-
... o telefone não tocou, amanhã talvez ela ligue só pra dar um bom dia, ela gosta da companhia dele, faz bem e é sem compromisso e ela sabe que finge bem, e ele não precisa saber mais nada além disso.

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